23 de Dez de 2020 - 4 min

Centro de Carcinomatose Peritoneal reúne pacientes em live sobre diagnóstico, tratamento e vida após o câncer

Centro de Carcinomatose Peritoneal reúne pacientes em live sobre diagnóstico, tratamento e vida após o câncer

A terceira live do Centro de Carcinomatose Peritoneal aconteceu em 25 de novembro e reuniu o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião geral e oncológico, e alguns de seus pacientes. O assunto da noite foi o diagnóstico, o tratamento, a vida após a carcinomatose peritoneal e a percepção de cada um dos pacientes ao longo de sua trajetória.

Durante o bate-papo, relatos sobre o enfrentamento da doença, a importância do apoio de amigos e familiares e como aconteceu a confirmação do diagnóstico e o encaminhamento ao consultório do Dr. Arnaldo. A enfermeira Ana, de Ribeirão Preto; o bancário aposentado José Luiz, de Marília; a jornalista soteropolitana Mirela, que vive em São Paulo; o engenheiro civil Sebastião Rogério, de Varginha (MG); e a gerente de loja Silvanira, de São Paulo, foram os convidados da live, que teve a mediação da jornalista Monica Kulcsar.

“Todos estes pacientes tiveram carcinomatose peritoneal, mas cada um deles desenvolveu a partir de um órgão diferente. Isso porque, a carcinomatose peritoneal é a disseminação de um câncer pela cavidade abdominal, que sai de seu órgão de origem e se espalha pelo peritônio, que é a membrana que reveste internamente o abdome. Assim, a estratégia de tratamento é traçada conforme a origem e a abrangência da carcinomatose peritoneal”, explicou o Dr. Arnaldo.

 

O tratamento

O tratamento da carcinomatose peritoneal pode variar conforme o caso, mas geralmente apresenta alta complexidade, sendo comparável a um transplante de órgão.

“São muitas minúcias, muitos detalhes. Por esse motivo, todo o grupo envolvido no tratamento, que inclui profissionais de diversas áreas, deve estar em sintonia. A experiência de toda a equipe em carcinomatose peritoneal também é um diferencial importante para a obtenção de melhores resultados.”

“A equipe dá a sustentação de um bom resultado, e desde a entrada no hospital eu sentia a cada dia o resultado positivo. Isso foi muito importante e muito me ajudou”, concorda José Luiz.

Para Mirela, todo o processo evidenciou o quanto é fundamental uma boa estrutura de saúde e o suporte de amigos e familiares no tratamento.

“Tive total apoio da minha família, dos amigos, da empresa que eu trabalhava e da equipe do BP Mirante. Toda essa estrutura ao redor me permitiu pensar somente na cura. Até hoje eu sequer lembro o nome da doença. Confiei no Dr. Arnaldo desde a primeira consulta e só queria saber o que eu tinha de fazer para ficar bem. Como estou.”

Ainda na live, o Dr. Arnaldo explicou as diferentes formas de tratamento e as técnicas mais modernas utilizadas atualmente, como a HIPEC e a PIPAC. A primeira, trata-se de uma técnica de quimioterapia quente aplicada durante a cirurgia.

Na PIPAC, por meio de uma laparoscopia, um spray de quimioterápicos é aplicado, penetrando mais profundamente nos tecidos. O spray potencializa os efeitos da quimioterapia, oferecendo baixa morbidade, recuperação rápida e possibilidade de procedimentos repetidos. Esta técnica é uma alternativa indicada apenas a alguns pacientes específicos, quando não há, ao menos naquele momento, indicação da cirurgia tradicional.

 

Relação médico paciente

Em comum, os pacientes mostraram o otimismo e a importância da relação entre médico e paciente.


“É uma cirurgia grande, mas o Dr. Arnaldo passa muita segurança para a gente. Tive muito apoio da minha família e da equipe do hospital”, disse Ana.


Para Silvanira, o profissionalismo e a sinceridade que sentiu de toda a equipe foram fundamentais.

“Eu me preocupei com a vida. Otimismo e força de vontade o Dr. Arnaldo nos passa, assim como toda a equipe”.


Hoje, os pacientes presentes na live estão em diferentes momentos. Alguns já completam muitos anos, para outros a história é mais recente.

“De lá para cá já se foram mais de dois anos e a gente vai comemorando as vitórias”, contou Ana.


Já José Luiz, que teve o primeiro retorno no último mês, só deve voltar no mês de abril do próximo ano.

“Estou agora em casa, é muito gostoso. No primeiro retorno ouvi que estou indo muito bem e isso me deu muita força”


Sebastião tem encontro marcado com o Dr. Arnaldo em breve.

“Completo agora três meses após a cirurgia e tenho uma revisão semana que vem”, revelou otimista.

 


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