31 de Out de 2020 - 2 min

Cirurgia e quimioterapia podem ser determinantes para o melhor prognóstico da paciente

Segundo o INCA, mais de 6 mil novos casos e cerca de 3 mil mortes decorrentes da doença são previstos para este ano.
Cirurgia e quimioterapia podem ser determinantes para o melhor prognóstico da paciente

O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Por este motivo, apresenta as menores taxas de cura, visto que geralmente é descoberto já em estágio avançado.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são previstos para este ano mais de 6 mil novos casos e cerca de 3 mil mortes decorrentes da doença.

A maioria deles, carcinomas epiteliais, têm origem nas células da superfície do órgão.

Tratamento

Uma vez confirmado o câncer de ovário, diversas opções de tratamento poderão ser indicadas, conforme o estágio da doença e as condições clínicas da paciente.

Quando detectado no início, geralmente a cirurgia é menos agressiva e com maiores chances de cura.

Segundo o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico especializado em doenças do peritônio, coordenador do centro de carcinomatose peritoneal, a qualidade da cirurgia e da quimioterapia são grandes diferenciais no tratamento do câncer de ovário.

“O câncer epitelial de ovário, em 75% das vezes, se encontra espalhado por toda a cavidade abdominal, incluindo órgãos intraperitoneais, como intestino delgado, espaço subdiafragmático, omento, peritônio parietal, colon, apêndice, retosigmoide e pelve como um todo. Nestes casos optamos por quimioterapia para diminuir a carcinomatose  ou cirurgia como primeiro tratamento.”

De acordo com o especialista, um trabalho científico recente mostrou que quando diagnosticado nesta paciente a carcinomatose, haverá ganho de sobrevida se tratada com quimioterapia endovenosa, seguido de cirurgia citorredutora e quimioterapia intraoperatoria hipertérmica (hipec).

Para que seja possível essa cirurgia ótima, o especialista ressalta que é necessário formação e conhecimento de todas as técnicas, pois podem ser necessárias ressecções extensas peritoneais, coloretais, de apêndice e de demais órgãos que eventualmente tenham sido afetados.


“Além da cirurgia ótima e da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, é importante a experiência do médico e infra-estrutura adequada do hospital pra diminuir a morbidade."

Previna-se!

Todas as mulheres devem consultar regularmente o ginecologista e realizar exames de rotina. Entre eles, o ultrassom será importante para verificar se há alguma anormalidade nos ovários. Se houver, exames de sangue específicos e cirurgia podem ser necessários.

 

Cerca de 10% dos casos apresentam componente genético ou familiar. Assim, no caso de histórico familiar da doença, ou também de câncer de mama, útero ou colorretal, o médico deverá ser informado.


Vale destacar que o exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta este tipo de câncer. O teste é específico para o câncer do colo do útero.


Não moro em São Paulo e estou doente. Como posso ter acesso a esse tratamento?

São hoje mais de 50 cidades beneficiadas diretamente  com a possibilidade de realizar o tratamento em um dos principais centros de referência para o tratamento da doença no país.

Mesmo não havendo direito a intercâmbio, há a possibilidade de requerer excepcionalmente com a sua Unimed local. 

O Centro de Carcinomatose Peritoneal também atende outros planos de saúde e convênios médicos.

A relação dos planos e cidades beneficiados, autorizações e outras informações podem ser obtidos através por aqui


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