31 de Out de 2020 - 2 min

O câncer não é uma guerra, somos todos vencedores

Médico faz alerta sobre a maneira como a imprensa aborda casos da doença e adverte para os prejuízos que podem causar.
O câncer não é uma guerra, somos todos vencedores

Em artigo publicado no site da emissora de televisão NBC News, o médico Jalal Baig, oncologista da Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos, alerta sobre artigos na imprensa sobre a recente morte de John McCain, senador do Arizona.


“John McCain não ‘perdeu’ sua batalha contra o glioblastoma, porque o câncer não é uma guerra”, afirma, explicando que a utilização destes termos propaga o perigoso mito de que a morte é o resultado de uma falha pessoal em lutar com força insuficiente.

Já no anúncio do diagnóstico da doença, o especialista percebeu que McCain era anunciado como um "lutador", um "adversário digno" e um "guerreiro", que venceria o câncer com determinação e coragem. Mas agora, com a sua morte, a imprensa vem noticiando sua "derrota na batalha contra o câncer".


Para o Dr. Jalal, estas metáforas são não apenas equivocadas, mas contraproducentes. Não apenas no caso do câncer, mas também de outras doenças graves, que alteram a trajetória da vida de um paciente. 


É importante saber que a disposição de procurar tratamento e permanecer em conformidade com a terapia são essenciais para os resultados, que também dependem do tipo de tumor e do estágio em que ele é diagnosticado.


“São os limites de nossos tratamentos atuais que inevitavelmente fracassam os pacientes, não os próprios pacientes”, afirma.

Por fim, cita Stuart Scott, âncora da ESPN, que morreu vítima de um câncer, e dizia que “morrer não significa perder para o câncer. Você venceu o câncer pela forma como viveu”. 


Visto dessa perspectiva, John McCain venceu o câncer admiravelmente.


Leia o artigo completo aqui.


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