31 de Out de 2020 - 2 min

Risco de infarto e acidente vascular cerebral aumenta antes do diagnóstico de câncer

Os maiores índices acontecem cerca de um mês antes do diagnóstico da doença, segundo o estudo.
Risco de infarto e acidente vascular cerebral aumenta antes do diagnóstico de câncer

O risco de ter um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral isquêmico aumenta cinco meses antes que os pacientes recebam um diagnóstico de câncer, com maiores índices um mês antes, afirma estudo publicado na última semana no portal da revista científica Blood.


Segundo o Dr. Babak Navi, neurologista da Weill Cornell Medicine e do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, ambos em Nova Iorque, Estados Unidos, o câncer é um forte fator de risco para trombose arterial. O estudo buscou determinar quando este aumento do risco começa. 


Com os resultados obtidos, o especialista acredita que, diante de eventos como um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral isquêmico, médicos devam rastrear pacientes para o câncer. Ele alerta, no entanto, que esta medida traz algumas desvantagens, como por exemplo o aumento da exposição à radiação, os custos elevados e situações em que achados incidentais possam levar a mais testes.


Mas nos casos em que o paciente, após um AVC ou ataque cardíaco, se houver algum sintoma ou sinal de câncer, como anemia, perda de peso, aumento dos gânglios linfáticos, sangue recente nas fezes ou tosse, a triagem deve ser considerada, incluindo uma tomografia computadorizada do tórax, abdômen e pelve.


No estudo, os pesquisadores revisaram o conjunto de dados do programa norte-americano Surveillance, Epidemiology, and End Results (SEER), que inclui informações de quase 750 mil pacientes, dos quais 374.331 com câncer, com 67 anos ou mais.


No momento do diagnóstico, 30% dos cânceres eram de estágio III ou IV. O risco de infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral isquêmico foi avaliado em intervalos de 30 dias, até o dia anterior àquele em que receberam um diagnóstico de câncer.


O risco de eventos tromboembólicos arteriais foi semelhante entre pacientes do grupo com câncer, bem como do grupo controle, revelaram os pesquisadores.


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