Especialistas debatem como identificar e evitar os riscos de complicações em cirurgia citorredutora
Durante o I Simpósio de Doenças Malignas Peritoneais,
realizado recentemente, o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, um dos coordenadores do
evento e
coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência
Portuguesa de São Paulo - BP, conversou com o Dr. Shigueki
Kusamura, cirurgião da Unidade de Malignidades da Superfície Peritoneal do
Instituto Nacional do Câncer de Milão e professor de Cirurgia Citorredutura e
HIPEC da Escola Europeia de Oncologia de Superfície Peritoneal (ESPSO-ESSO), sobre os riscos existentes em procedimentos
de citorredução, especialmente aqueles relacionados a lesões da veia hepática.
O Dr. Arnaldo perguntou ao Dr. Kusamura os cuidados que
devem ser tomados para evitar lesões graves, que podem atrapalhar a
citorredução, e dicas do especialista para minimizar os riscos durante este
tipo de cirurgia, a fim de evitar complicações graves.
Segundo o Dr. Kusamura, que vive atualmente na Itália, a
primeira coisa que se deve realizar é uma avaliação pré-operatória para
verificar quais os locais acometidos pela doença.
“Precisamos verificar que doença estamos tratando, se é
invasiva ou não, pois são situações muito diferentes. Se encontramos, por
exemplo, um nódulo de carcinomatose perto da veia supra-hepática, em paciente
com carcinomatose peritoneal de cólon, já saberemos que aquela será uma
cirurgia muito difícil”, explicou.
Dr. Kusamura também orientou que casos muito difíceis de
dissecção devem ser realizados mais lentamente.
“Temos que usar um tempo cirúrgico muito maior nessas áreas,
porque começar a sangrar antes da retirada da doença pode ser uma complicação
fatal”.
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