31 de Out de 2020 - 2 min

Médicos fazem mobilização por áreas COVID-free em hospitais para atendimento a pacientes com câncer

Dependendo da localização e do estágio da doença, há mais risco de morrer pelo câncer do que de COVID-19.
Médicos fazem mobilização por áreas COVID-free em hospitais para atendimento a pacientes com câncer

Embora o paciente oncológico pertença ao grupo de risco para a COVID-19, especialmente quando atravessa um tratamento com imunoterapia para determinados tipos de câncer, muitos deles não podem aguardar o fim da epidemia para seguir com tratamentos ou realizar cirurgias. Dependendo da localização ou do estágio do câncer, o tratamento precisa ser realizado o quanto antes.

Por este motivo, sociedades médicas e profissionais da área vêm elaborando medidas de isolamento para serem adotadas em hospitais públicos e privados, a fim de proporcionar ambientes seguros tanto aos pacientes como aos profissionais de saúde que atuam diretamente nesta área.

Em diversos países, especialmente na Europa, já existem as áreas denominadas “COVID-free” dentro dos hospitais, com normas de segurança especificamente voltadas à prevenção da contaminação pelo coronavírus. Desta forma, é possível manter o atendimento a pacientes graves, como é o caso dos atendimentos oncológicos.

Em São Paulo, alguns hospitais particulares já oferecem estas áreas aos pacientes oncológicos, permitindo a continuidade de seus tratamentos e a realização de cirurgias com a máxima segurança.

“O tempo é um fator determinante para a qualidade de vida e a sobrevida destes pacientes. É urgente que estas medidas de proteção contra o coronavírus sejam realizadas para que os tratamentos não sejam interrompidos”, afirma o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico, especializado em doenças do peritônio, que atende em hospitais já preparados e, por este motivo, têm realizado cirurgias nos pacientes do Centro de Carcinomatose Peritoneal, que também seguem com sessões de radioterapia e quimioterapia.

“Temos recebido denúncias de pacientes com câncer que vem tendo seus tratamentos interrompidos, ou com a orientação de aguardar o fim da epidemia para o início do tratamento. Mas infelizmente estas orientações podem comprometer o resultado final do tratamento, colocando em risco a vida destas pacientes”, alerta o especialista.

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