Doenças Malignas Peritoneais: a segurança do paciente
Durante o I Simpósio de Doenças Malignas Peritoneais, realizado
recentemente, o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, um dos coordenadores do evento e
coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São
Paulo - BP, aproveitou a oportunidade para perguntar ao Dr. Marcello Deraco,
diretor
da Unidade de Malignidades de Superfície Peritoneal no Instituto Nacional do
Tumor de Milão (IRCCS), na Itália, sua opinião sobre esta questão.
Afinal, o que é mais importante: a experiência do cirurgião e de sua equipe ou
a estrutura do hospital onde será realizada a cirurgia?
Segundo o Dr. Arnaldo, no Brasil, a quimioterapia hipertérmica
(HIPEC) não é coberta pelo sistema de saúde e nem mesmo por alguns planos na saúde
privada. “Também estamos assistindo um movimento de expansão nas diversas
instituições de saúde em busca oferecer tratamento em seus centros para doenças
peritoneais”.
Segundo o Dr. Marcello Deraco, a competência do cirurgião
para o tratamento de cirurgias complexas, como a Carcinomatose Peritoneal, é
inquestionável.
“Muitos cirurgiões brasileiros são competentes neste campo e
conseguem manejar este tipo de cirurgia. Também já existe no Brasil instalações
capacitadas a receber cirurgias complexas”, afirmou.
Para o especialista, em primeiro lugar deve estar, sempre, a
segurança do paciente. Além da experiência do cirurgião, de estar em um centro
de excelência, ele falou sobre as vantagens em se observar a curva de
aprendizado e ter a oportunidade de usufruir da presença de especialistas mais
experientes no local, ainda que não estejam em todos os momentos, mas que
possam discutir antes os casos mais complexos e orientar a equipe.
Confira, no vídeo, a opinião do Dr. Marcello Deraco sobre o tema. O vídeo está disponível no Canal do Youtube ou no Instagram.