19 de Mai de 2022 - 2 min

Pseudomixoma tem cura

Pacientes com tumores mucinosos do apêndice e pseudomixoma peritoneal têm grandes chances de cura ou sobrevidas longas se tratados em centros de referência
Pseudomixoma tem cura

O peritônio é uma membrana que reveste internamente o abdômen, recobrindo praticamente todos os espaços e órgãos.

 

De acordo com o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz,  cirurgião geral e oncológico, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP, dentre todos os tumores que podem acometer o peritônio, o pseudomixoma peritoneal é uma síndrome caracterizada pelo acúmulo de mucina na cavidade abdominal.

 

“O pseudomixoma é causado, sobretudo, por tumores de apêndice, mas também, em casos raros, por tumores de úraco, pâncreas e ovário. No caso do apêndice, que é o local mais comum de surgimento de um tumor mucinoso, o início acontece com uma mucocele, que é o acúmulo de muco dentro do apêndice intacto. Com o rompimento da mucocele, e junto dela do apêndice, o muco extravasa por toda a cavidade abdominal, transferindo o acúmulo de mucina para fora do apêndice, que é o chamado pseudomixoma.”

 

Diagnóstico e Tratamento

 

Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e antes iniciado o tratamento, maiores serão as chances de cura ou mais longa a sobrevida do paciente.

 

Muitos dos casos de pseudomixoma peritoneal têm tido excelentes resultados com a peritoniectomia, ou cirurgia citorredutora, acompanhada da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), que é uma quimioterapia quente aplicada no abdome no intra-operatório, explica o Dr. Arnaldo.

 

A técnica, desenvolvida pelo cirurgião norte-americano Dr. Paul H. Sugarbaker, é extremamente complexa, comparada a transplantes de órgãos.

 

Por este motivo, o procedimento deve ser realizado apenas por cirurgiões com grande experiência, acompanhados de equipe especializada e em centros de referência, como é o caso do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP, comandado pelo Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, em São Paulo, que há mais de 10 anos recebe pacientes com pseudomixoma peritoneal


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