Pseudomixoma tem cura
O
peritônio é uma membrana que reveste internamente o abdômen, recobrindo
praticamente todos os espaços e órgãos.
De acordo com o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião geral e oncológico, coordenador do
Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP, dentre todos os tumores que podem
acometer o peritônio, o pseudomixoma peritoneal é uma síndrome
caracterizada pelo acúmulo de mucina na cavidade abdominal.
“O pseudomixoma é causado,
sobretudo, por tumores de apêndice, mas também, em casos raros, por tumores de
úraco, pâncreas e ovário. No caso do apêndice, que é o local mais comum de
surgimento de um tumor mucinoso, o início acontece com uma mucocele, que é o
acúmulo de muco dentro do apêndice intacto. Com o rompimento da mucocele, e junto
dela do apêndice, o muco extravasa por toda a cavidade abdominal, transferindo o
acúmulo de mucina para fora do apêndice, que é o chamado pseudomixoma.”
Diagnóstico e
Tratamento
Quanto mais cedo
for realizado o diagnóstico e antes iniciado o tratamento, maiores serão as
chances de cura ou mais longa a sobrevida do paciente.
Muitos dos casos
de pseudomixoma peritoneal têm tido excelentes resultados com a
peritoniectomia, ou cirurgia citorredutora, acompanhada da quimioterapia
intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), que é uma quimioterapia quente aplicada no
abdome no intra-operatório, explica o Dr. Arnaldo.
A técnica,
desenvolvida pelo cirurgião norte-americano Dr. Paul H. Sugarbaker, é
extremamente complexa, comparada a transplantes de órgãos.
Por este
motivo, o procedimento deve ser realizado apenas por cirurgiões com grande
experiência, acompanhados de equipe especializada e em centros de referência,
como é o caso do Centro de Doenças Peritoneais
da Beneficência Portuguesa de São Paulo – BP, comandado pelo Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, em São
Paulo, que há mais de 10 anos recebe
pacientes com pseudomixoma peritoneal.