Qual o primeiro passo para uma cirurgia bem-sucedida?
No Simpósio
de Doenças Malignas Peritoneais, realizado no último ano, especialistas puderam
tirar dúvidas com os participantes sobre os diversos assuntos acerca do
tratamento e das diferentes situações que podem ocorrem ao longo de uma
cirurgia.
Já no final
do evento, o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, um dos coordenadores do evento e coordenador do Centro de Doenças Peritoneais
da Beneficência Portuguesa de São Paulo - BP, leu para um dos palestrantes uma importante dúvida de uma
colega: qual o primeiro passo antes de se iniciar a ressecção peritoneal? É
importante realizar a avaliação de ressecabilidade de peritônio em áreas
críticas de risco de abortamento da citorredução, como hilo hepático?
A dúvida foi
respondida pelo Dr. Shigueki Kusamura,
cirurgião da Unidade de Malignidades da Superfície Peritoneal do Instituto
Nacional do Câncer de Milão e professor de Cirurgia Citorredutura e HIPEC da
Escola Europeia de Oncologia de Superfície Peritoneal (ESPSO-ESSO), que afirmou que depende do tipo da
doença que está sendo tratada, da agressividade e de sua capacidade de invasão.
Esta
situação é mais preocupante em alguns casos específicos, como por exemplo no
mesotelioma com diâmetro superior a 5 centímetros no hilo hepático ou
carcinomatose colorretal, explicou.
“Para
pseudomixoma, independentemente da ressecabilidade, há alguns poucos casos em
que não é possível retirar a doença por invasão do hilo hepático”.
Na avaliação
pré-operatória, o que ajuda bastante na distinção entre ressecabilidade e não ressecabilidade
é avaliar o exame de ressonância magnética.
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